Traje romano, as vezes magro, cabelos nem sempre longos: o cimério visto por artistas pulp contemporâneos de Howard.
O Conan original de Robert E. Howard apareceu em grande parte na revista pulp Weird Tales. Por isso, os artistas de Weird Talesestão intrinsecamente ligados à história do cimério. Neste artigo, vamos mostrar todos os artistas pioneiros que desenharam Conan na década de 30, cada um emprestando sua própria experiência e visão de mundo. Não espere muito barbarismo e espada e feitiçaria, afinal, nem mesmo esse termo existia na época!
O primeiro artista a criar uma imagem de Conan foi Jayem Wilcox (1895 - 1958). James Milton (JM ou Jay Em) Wilcox ilustrou Weird Talese Magic Carpet para Farnsworth Wright (editor que comprava os contos de Howard) no ano de 1933. Depois de deixar Chicago, ele ilustrou outros Pulps até se mudar para quadrinhos. Wilcox preferia figuras humanas a monstros, razão pela qual não se sentia muito à vontade com Conan.
Mais apaixonado pelo estranho e monstruoso, o melhor ilustrador de Conan era provavelmente Hugh Rankin (1878-1956). Howard gostou do trabalho de Hugh, apesar de sentir que o Conan desenhado por ele ser "latino demais", em outras palavras, não o bastante celta. Rankin desenhou suas ilustrações com lápis de graxa em vez de tinta. Isso pode criar alguns efeitos maravilhosos, mas também pode ser turvo e sem graça.
No meio da longa sequência de desenhos de Rankin está esta solitária ilustração de "Jewels of Gwalhur", de Joseph Doolin (1896-1967). Seu Conan é baixo e de cabelo curto, aparentemente loiro, apesar de ser bem desenhado, em anda evoca um bárbaro rude.
Vincent Napoli (1907-1981) trouxe um olhar um pouco diferente. Seu trabalho de linha é uma reminiscência de gravuras. Howard comentou sobre ele em uma carta: "Napoli tratou Conan muito bem, embora às vezes pareça emprestar a ele traços latinos, que não combinam com o tipo que imaginei. Entretanto, não vale a pena reclamar por tão pouco", disse ele. Napoli desenhou para Weird Tales de 1946 até as revistas entrarem em declínio. Ele desenhou para muitas outras revistas pulp de Nova York também, mas acabou nos quadrinhos, como tantos outros artistas.
Harold DeLay (1876-1950) foi o último dos artistas originais de Conan, ilustrando “Red Nails” logo após a morte de Howard em 1936. Ele começou sua carreira na ilustração de livros antes de chegar os pulps, mas acabou desenhando quadrinhos também. Desenhou Conan supreendentemente similar ao proposto por Howard: Alto, forte, com cabelos longos (não tanto quanto os de Hugh Rankin, o preferido de Howard), e cada ilustração foi trabalhada com precisão conforme as descrições. Infelizmente, Howard nunca chegou a ver essas ilustrações, então não temos certeza de que seria isso que ele tinha em mente quando imaginou o cimério.
Margaret Brundage (1900-1976) foi a primeira artista a renderizar histórias de Conan em cores, embora geralmente se concentrasse nas mulheres da história, e tinha um fetiche por chicotes e era especialista em desenhos femininos com pouca ou nenhuma roupa. Todas as capas de Conan foram feitas por ela até a morte de Howard em 1936. Ela permaneceu até 1938, quando os escritórios da Weird Tales se mudaram para Nova York. As capas dos pulps seguiam mais ou menos uma receita: muitas das vezes, uma sinopse simples era passada pelo editor ao artista que iria ilustrar a capa, conforme sua especialidade, e em geral eles não liam o conto, limitando-se ao que o editor dava de informações. Isso explica a falta de conexão entre as ilustrações com o contos às vezes, e a falta do protagonista, Conan, em 70% das capas!
A próxima geração de artistas de Conan trabalharia para a Gnome Press e Avon Fantasy Reader nos anos 50. Isso foi suficiente para ajudar a manter a chama de Howard acesa, mas Frank Frazetta, na década de 1960, mudaria tudo. Mas isso fica para outro artigo!
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